sábado, 28 de agosto de 2010

Conexões dos retalhos

Um belo trabalho do Artista plástico SILVIO ALVAREZ,  cujo qual me senti na obrigação de divulgar  aqui para que todos possam conhecer e maravilhar-se com o resultado do talento, aliado à  uma imensa paciência.  São retalhos selecionados de papel e madeira que são "metamorfoseados" em verdadeiras obras primas que retratam o imaginário do artista vinculado a sua visão holística do mundo.  Ele consegue nos mostrar aspectos relevantes da sociedade como um todo criticando suavemente e educando ecologicamente com a sua arte.
Para ver mais imagens e conhecer o artista e seus projetos, visite o site : http://www.silvioalvarez.com.br/


quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Moments

Muito poético...Lindo!!!

Moments from Everynone on Vimeo.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Pequeno conto que escrevi e foi publicado no www.portalliteral.com.br

Belle Époque
Um canivete aos poucos perfura a pele fazendo o sangue fluir devagar.
Um pequeno fio.
A lâmina vai aprofundando até chegar ao músculo pulsante cutucando com a ponta afiada e forçando aos poucos ate sentir o macio da carne que a fibra protegia. O peito dói.
Esta era a sensação ao correr porta afora para vislumbrar aquele homem uniformizado com a bolsa pendurada no ombro abarrotada de correspondências. Estava no horário, sempre às duas da tarde. Esperava o grito: - correeeio!
Quantas vezes esta cena se repetiu? Não sei ao certo. Apaixonado estava e ansiava pelas cartas.
O envelope pequeno com cheiro de maçã verde. Sabia que ele tinha transitado por suas
mãos, ela o havia manuseado, cheirado, e com certeza seus lábios o haviam tocado. Minhas mãos tremiam e o ar me faltava. Corri para o quarto sabendo que o mesmo estava a apenas cinco passos de distância mas as pernas pesavam demais; os quinze segundos que levei pareceram horas sem fim mas finalmente cheguei. Bato a porta com força, até mesmo com raiva, talvez por ainda ter que fazê-lo. Quantas coisas que aparecem no intuito de atrasar-me. Enfim, paro ofegante, e aos poucos vou me acalmando, agora eu mesmo prolongo o momento. Olho o envelope, cheiro, beijo, as mãos tremem, atrapalho-me um pouco, leio novamente o nome da remetente. Lembro-me que o havia visto alguns momentos antes quando o “correio” me entregou e pareceu-me que passaram-se séculos desde então.
Hoje dou um “click”, o envelope abre. Não tem mais cheiro.

Uma curiosidade que muitos tem...Quais as telas mais preciosas do mundo?

Caboclos, Amazônia, Brasil. Uma poesia singular





Uma linda abordagem para que saibamos o quanto é importante o respeito à diversidade e o quanto é rica a cultura brasileira, os nossos caboclos e a magnificiência da Amazônia

A Letter to a Young Poet (Cartas a jovens poetas)

Idioma: Português
Ano de Publicação da Edição Corrente: 2003
Titulo Original: Briefe an einen jungen Dichter; A Letter to a Young Poet
Idioma Original: Alemão
Tradutor: Lino Marques e Ana Mateus
Opinião:
Publicação conjunta de textos de dois escritores da mesma época (séculos XIX/XX), mas que, pelo que se sabe, nunca se conheceram, tinham temperamentos diferentes e divergiam nas suas visões sobre a poesia.
Rainer Maria Rilke, sobretudo um poeta, escreve a Franz Kappus, jovem estudante de uma academia militar com dúvidas sobre a sua vocação para a poesia. Virginia Woolf, romancista, escreve a John, personagem fictícia, que serve à autora para tecer uma série de comentários e reflexões sobre a poesia em geral e a inglesa sua contemporânea, em particular.
Em comum, apenas um aspecto: os dois poetas aconselham os seus interlocutores a questionarem as suas reais necessidades de escrever, a não terem pressa na produção e publicação de poesia, arte que deve ser amadurecida.

Rilke começa por aconselhar a renúncia de temas e olhares sobre o exterior. Para ele, a poesia deve surgir como uma expressão do interior, onde tudo pode e deve ser posto ao serviço da criação poética: as recordações de infância, as emoções das vivências presentes, o sofrimento, o amor, a tristeza, a dúvida, o futuro, o destino, a essência de si mesmo. E, para isso, seria fundamental atingir um estado de solidão como condição do ser-se poeta; a autenticidade da poesia surgiria dum olhar profundo para dentro, de um trabalho de auto-conhecimento com vista a uma fidelidade de si mesmo, que só poderia ser alcançado em solidão. Mas, escrevendo a Kappus, Rilke também reflecte sobre si numa altura de crise pessoal e acaba por usar as cartas para tecer uma série de considerações sobre modos de estar na vida, no amor, na solidão.

Em oposição a Rilke, Virginia Woolf defende que a genuidade só pode alcançar-se no contato com os outros, pelo que o olhar sobre si próprio seria apenas um degrau na caminhada do poeta. Aconselha vivamente um olhar para o exterior sob o perigo de a escrita demasiado íntima se tornar desinteressante por ser só sobre e para uma pessoa; acredita ser fundamental tornar a poesia vida, pela atenção aos lugares, aos homens, ao que circunda o poeta (ao contrário da poesia inglesa vitoriana, que critica exemplarmente).
Extracto:
R. M. Rilke: «Nessa vida o tempo não é uma medida, um ano nada é, e dez anos não são nada; ser artista significa: não fazer cálculos nem contas, amadurecer como uma árvore que não força a sua própria seiva e resiste, confiante, nas tempestades da Primavera, sem recear que o Verão possa não vir depois. Ele vem. Mas apenas para os que são pacientes, que estão lá como se tivessem a eternidade diante deles, despreocupadamente tranquila e distante.»

Virgina Woolf: «O que precisa agora é de ficar à janela e deixar que o seu sentido rítmico pulse, pulse, audaciosa e livremente, até que uma coisa se funda com outra, até que os táxis dancem com os narcisos, até que um todo se forme a partir destes fragmentos separados. Estou a dizer disparates, eu sei. O que quero dizer é, reúna toda a sua coragem, apure a sua atenção, invoque todas as dádivas que a natureza lhe quis conceder. Depois, deixe que o seu sentido rítmico circule livremente entre homens e mulheres, autocarros, espargos (tudo o que andar na rua) até conseguir reuni-los num todo harmonioso. Essa é, talvez, a sua tarefa – encontrar a relação entre as coisas que parecem incompatíveis, mas que, no entanto, têm uma afinidade misteriosa; absorver, sem medo, cada experiência que lhe apareça à frente e enriquecê-la completamente para que o seu poema seja um todo, não um fragmento; pensar a vida humana na poesia e oferecer-nos assim, de novo, a tragédia e a comédia(...)»



Por que tantas pessoas na faixa dos 20 anos demoram para crescer?



"Why are so many people in their 20s taking so long to grow up?” Trata-se de uma interessante análise sobre as mudanças que estão ocorrendo na vida dos jovens ao concluírem a faculdade e em alguns casos o Phd e estão voltando para a casa dos seus pais sem conseguirem colocação no mercado de trabalho e realizar o ciclo de vida normal : Crescer, concluir os estudos, trabalhar, casar, ter filhos, aposentar-se e acompanhar o desenvolvimento da nova geração e a continuidade do ciclo.
Este artigo foi publicado no New York Times em 18/08/2010 e pode ser conferido e lido na sua íntegra clicando no link abaixo.
http://www.nytimes.com/2010/08/22/magazine/22Adulthood-t.html?ex=1297828800&en=9ca21f9bc89d4dad&ei=5087&WT.mc_id=GN-D-I-NYT-MOD-MOD-M163-ROS-0810-PH&WT.mc_ev=click

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A Era da Busca: oráculos digitais – Martha Gabriel com Marcelo Tas

Imperdível!!! Uma abordagem instigante. Assistam essa palestra da Martha Gabriel no café filosófico.

Martha Gabriel"...Ganhadora de 11 prêmios Ibest como desenvolvedores web, ganhadora de 03 prêmioss em congressos de tecnologia nos EUA..."

http://www.cpflcultura.com.br/site/2010/08/23/a-era-da-busca-oraculos-digitais-%E2%80%93-martha-gabriel-com-marcelo-tas/

" Qual a importância da busca na vida humana? Como a crescente utilização dos ambientes digitais online, tanto móveis quanto desktop, interferem na orientação do que buscamos? Questões sobre privacidade, controle, poder, são abordados, mostrando a influência que os buscadores digitais (Google, Yahoo, etc.) exercem sobre o cotidiano das pessoas e a sociedade, funcionando como verdadeiros oráculos, os oráculos digitais."

Nuit Blanche

Nuit Blanche from Spy Films on Vimeo.


Nuit Blanche explora um breve momento entre dois estranhos, revelando sua conexão através de uma fantasia hiper-real.   Um momento mágico, muito lindo!!!

Música Clássica / Erudita.


                           Para apreciar música clássica e erudita deve-se conhecer um pouco de sua história.
As pessoas costumam gostar das músicas de compositores cuja história lhes parece interessante...
É interessante conhecer os grandes intérpretes, aqueles que melhor valorizam as idéias dos compositores.
É importante identificar que tipo de música mais se adapta a cada situação de vida.
Normalmente usa-se música erudita e música clássica como sinônimos. Uma conceituação alternativa sugere que a música clássica é o segmento da música erudita sem solos vocais significativos.
Em uma orquestra, os instrumentos são chamados de “naipes” – violinos, violoncelos... E o violinista que fica do lado esquerdo do maestro é conhecido como “spalla”.
As estruturas de composição mais famosas são:
Sonatas: piano, piano e outro instrumento.
Concertos: orquestra e um instrumento solo.
Sinfonias: orquestra, com mais ou menos instrumentos, e coro.
Agora, vocês sabiam que o clã Bach foi um dos mais prolíficos da história da música? Mais de 4 gerações... O ‘Bach’ mais famoso faleceu de complicações de uma cirurgia para curar-lhe a cegueira (em pleno séc. sec. XVIII?).
Handel compôs mais de 80 sinfonias, sendo um dos músicos com maior produção em todos os tempos. Seu mais famoso pupilo, Mozart, mesmo tendo morrido com menos de 40 anos, produziu muitas das melodias mais famosas até hoje, e muitas óperas.
Beethoven começou a ficar surdo com 27 anos de idade, e ainda compôs por mais 29 anos! Alías, suas peças mais famosas foram compostas depois dos 27 anos (2ª e 3ª maturidades)...
Sempre foi comum dedicar composições a patronos, a figuras políticas importantes, ou às mulheres... amantes, ou paixões platônicas...
Na ópera, a cena italiana talvez seja a mais importante do séc. XIX, com compositores geniais como Rossini, Verdi, Donizetti e Puccini.
Uma breve cronologia...
Bach, nascido no final do séc. XVII, é tido como o pai da música clássica como hoje conhecemos. É um dos grandes expoentes do Barroco, juntamente com Vivaldi, Handel.A segunda metade do sec. XVIII compreende a época Clássica, cujos grandes expoentes são Haydn e Mozart.
Beethoven, cujas composições fizeram do piano o instrumento mais importante, é o principal nome da fase romântica. Foi um revolucionário, a forma personalista de suas composições influencia todos os músicos até hoje.
Entre contemporâneos de Beethoven e seus sucessores, românticos e pós-românticos, pode-se citar Chopin, Schubert, Brahms, Liszt como os mais famosos.
A música romântica e a música nacionalista dos sécs. XIX e XX encontra também grandes expoentes na região do leste europeu, onde pode-se citar Tchaikovsky, Mahler e Rachmaninoff.
Agora, a ópera...Ópera...Ou é comédia, com um ensinamento moral no final...Ou é tragédia, onde tudo começa bem e no final a mulher ou o homem morre de forma heróica (Obs: Raríssimas vezes uma ópera dramática tem final feliz). Os dois aspectos mais fascinantes da ópera são os diálogos entre os instrumentos e os cantores, e a busca pelo domínio perfeito da voz, junto com a atuação, sempre no limite das possibilidades físicas, o que gera medo e fascínio tanto em quem canta como em quem ouve..
Muitas das peças orquestrais mais famosas são partes de óperas, aberturas ou interlúdios.Dica para começar no mundo da ópera: comédias de Mozart (Flauta Mágica e Don Giovanni), Verdi (La Traviata e Rigolleto), Puccini (La Boheme Bizet (Carmen) e Donizetti (O Elixir do Amor)